segunda-feira, 30 de abril de 2012

Kanto do MúsiKo sela parceria com o Grupo musical TodaVia num dia de muita música e cumplicidade.


Como não poderia deixar de ser, churrasco em casa de músico só podia ter MÚSICA e, das melhores!
Foi exatamente o que aconteceu neste domingo, dia 29 de abril, na casa do músico e compositor Dario Marques do antigo Grupo Tabebuia.

Recentemente, em parceria com Otílio Ferreira, Tiano Lellis e seu filho Samuel Marques, fundaram o Grupo TodaVia que agora, faz parte do Casting de artistas da agência musical mineira Kanto do Músiko.

Eu estive lá junto de todos, amigos e familiares com o direito de ouvir muita música boa regrada de um bom lombo passado no mel (especialidade de Otílio).

Muitos amigos deram uma canja, cantaram e tocaram junto.
Um domingo prazeroso pra quem curte música com um fino trato ao som de uma viola, violão, sax e percussão, passando por Tom Jobim, Lenine às raízes mineiras e cariocas.

Essa parceria tem tudo para dar certo, principalmente pelo amor que o TodaVia sente pela música e que transmite para todos nós no momento em que estão juntos. Amor que também sobra para a Kanto do Músiko.

Parabéns à nossa agência que se sente honrada de ter essa raridade musical fazendo parte de nosso trabalho!


E ATENÇÃO:
Em breve neste blog, entrevista completa com o Grupo TodaVia contando suas histórias, seu trabalho pra que todos possam conhecer um pouco mais desse grupo que habita os limites de Minas e Rio.


;-]

terça-feira, 17 de abril de 2012

Como surgiu o Samba?


Por Gabriela Portilho
O samba nasceu na Bahia, no século 19, da mistura de ritmos africanos. Mas foi no Rio de Janeiro que ele criou raízes e se desenvolveu, mesmo sendo perseguido. Durante a década de 1920, por exemplo, quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ir batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura negra, que era malvista na época. Só mais tarde é que ele passou a ser encarado como um símbolo nacional, principalmente no início dos anos 40, durante o governo de Getúlio Vargas. Nessa música brasileiríssima, a harmonia é feita pelos instrumentos de corda, como o cavaquinho e o violão. Já o ritmo é dado, por exemplo, pelo surdo ou pelo pandeiro. Com o passar do tempo, outros instrumentos, como flauta, piano e saxofone, também foram incorporados, dando origem a novos estilos de samba. "À medida que o samba evoluiu, ele ganhou novos sotaques, novos modos de ser tocado e cantado. É isso que faz dele um dos ritmos mais ricos do mundo", afirma o músico Eduardo Gudin. : - )
DA RODA AO PAGODE
Por volta dos anos 30, diferentes estilos de samba surgiram no Rio de Janeiro
SAMBA-DE-RODA
Muito parecido com a roda de capoeira, é a raiz do samba brasileiro e está registrado na Unesco como patrimônio da humanidade. Surgiu entre os escravos na Bahia por volta de 1860 e logo desembarcou também no Rio de Janeiro. O samba-de-roda, como a dança, começa devagar e se torna cada vez mais forte e cadenciado - sempre acompanhado por um coro para repetir o refrão. Várias canções do estilo têm versos sobre o mar e as tradições africanas.
"AVÔ" DO RECO-RECO
Além de batuques na palma das mãos, os escravos batiam um garfo num prato, obtendo um som semelhante ao do reco-reco - instrumento que dá força ao samba.
SAMBA DE BREQUE
Um dos primeiros estilos nascidos no Rio, foi criado no final dos anos 20 em botecos da cidade. No meio do samba rolavam "paradinhas" onde o cantor falava uma frase ou contava uma história. Um dos mestres foi Moreira da Silva. O ritmo é mais picadinho - ou "sincopado", como dizem os músicos -, mas a marca registrada é mesmo a parada repentina. Daí o nome "samba de breque". Quase sempre conta uma história engraçada, de um tiroteio entre malandros à história de um gago que se apaixonou...
FLAUTA
O samba de breque foi o primeiro estilo a incorporar a flauta como instrumento de samba. Ela ajuda a deixar o ritmo mais orquestrado.
PARTIDO-ALTO
Na década de 1930, o partido-alto se popularizou nos morros cariocas. Entre um refrão e outro, os músicos criavam versos na hora, quase como repentistas. As antigas festas de partido-alto chegavam a durar dias! A partir dos anos 70, Martinho da Vila virou um músico marcante do estilo. A principal característica é a improvisação. O partido-alto se mantém, principalmente, pelo jogo de palavras encaixadas no momento certo. O estilo trata de temas do cotidiano, e sempre com o maior bom humor.
SURDO
O surdo entrou de vez na roda com o partido-alto. Tocado com a mão ou com a baqueta, ele define a pulsação da música. É o "coração do samba".
SAMBA-ENREDO
Na década de 1930, quando surgiram os primeiros desfiles de escolas de samba no Carnaval do Rio, nasceu o samba-enredo. No início, os músicos improvisavam dois sambas diferentes: um para a ida e outro para a volta na avenida onde as escolas desfilavam. Com o passar dos anos, o samba-enredo ganhou uma batida mais acelerada que outros sambas - o que ajuda as escolas a desfilarem no tempo previsto. A partir dos anos 80 a coisa mudou, mas, até então, samba-enredo só abordava a história oficial do Brasil.
CUÍCA
Com o som de uma "voz grunhindo", foi uma das novidades das baterias das escolas. A função da cuíca é mais complementar, dando um tempero extra ao samba.
SAMBA-CANÇÃO
Outra cria dos botecos cariocas, o samba-canção apareceu na virada dos anos 30 para os 40. Logo ficou famoso como "samba de fossa", perfeito para ouvir após um pé na bunda... Cartola e Noel Rosa fizeram grandes músicas do estilo. A batida mais lenta e cadenciada do samba-canção lembra bastante o bolero, outro ritmo musical que fazia sucesso nos anos 40. Em geral, as canções falam de desilusão amorosa - de amores não correspondidos às piores traições!
PANDEIRO
Desde a origem do samba o pandeiro estava presente, mas no samba-canção ele ganhou mais importância, marcando o ritmo da música no lugar do surdo.
BOSSA NOVA
Cansados da fossa do samba-canção, alguns compositores decidiram fazer músicas sobre temas mais leves no final dos anos 50. Nascia a bossa nova. Mestres como Tom Jobim e João Gilberto faziam um samba bem diferente, com grande influência do jazz. Com construções musicais mais "complexas", a bossa nova tem o chamado "violão gago", tocado num ritmo diferente do da voz e dos outros instrumentos. O assunto preferido eram as belezas da vida, da praia às mulheres, é claro!
VIOLÃO
O símbolo da bossa nova foi mesmo o violão -além do banquinho... Usado em quase todos os estilos de samba, é um dos responsáveis pela melodia e harmonia da música.
PAGODE
O pagode que hoje faz sucesso pintou como estilo de samba na década de 1980, no Rio, com cantores como Jorge Aragão e Zeca Pagodinho. Nos anos 90, em São Paulo, ficou mais "comercial" - com direito até a coreografia dos músicos - e explodiu nas rádios. O pagode dos anos 80 era muito influenciado pelo partido-alto. Já na década seguinte passou a ter uma pegada mais lenta e romântica. Nos anos 80, o principal era a vida na comunidade; nos 90, as letras românticas.
TECLADO
Nos hits mais modernos, entraram na dança instrumentos eletrônicos, como teclados e sintetizadores - para desgosto dos sambistas mais tradicionais...
COMPLETANDO A BATERIA
Conheça outros instrumentos importantes para um bom batuque
TANTÃ
Mais fino que o surdo, também marca o ritmo. Em geral, é tocado com a palma das mãos, sem que os dedos encostem na membrana.
TAMBORIM
Tocado com uma vareta de bambu, não marca necessariamente o ritmo do samba, mas traz um som agudo para o batuque.
CAVAQUINHO
Tem papel semelhante ao do tamborim: deixa o som mais agudo. Mas faz isso na melodia do samba, e não na batida rítmica.

Fonte:
Matéria escrita por Gabriela Portilho
Site: mundoestranho.abril.com.br


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Os álbuns mais vendidos da História

Existem muitas curiosidades no meio da música e inclusive, muitas delas, as pessoas desconhecem!

Uma curiosidade bacana que encontrei foi uma lista dos álbuns mais vendidos da história da música.


Michael Jackson, o rei do pop, morreu em 2009 e continua até hoje vendendo muito. 
Seu álbum “Thriller”, lançado em 1983, vendeu algo em torno de 120 milhões de cópias, sendo assim, o mais vendido da história da música.

Depois dele, na lista, vem Pink Floyd com o álbum "The Dark Side Of the Moon" de 1973 chegando a vender 50 milhões de discos!!

Confira abaixo os outros álbuns mais vendidos:

  • AC/DC - Back in Black - 1980 - 49 milhões
  • Whitney Houston/ Vários artistas - The Bodyguard - 1992 - 44 milhões
  • Meat Loaf - Bat out of Hell - 1977 - 43 milhões
  • Eagles - Their Greatest Hits - 1976 - 42 milhões
  • Andrew Lloyd Webbwe - O Fantasma da Ópera - 1986 - 40 milhões
  • Backstreet Boys - Millennium - 1999 - 40 milhões
  • Bee Gees/ Vários artistas - Saturday Night Fever - 1977 - 40 milhões
  • Madonna - The Immaculate Collection - 1990 - 40 milhões


Você deve ter ficado meio deprimido agora olhando para o seu cd de fabricação independente e sonhando com a possibilidade de também vender milhões e entrar pra história dos álbuns mais vendidos.
Mas não fica triste não, meu amigo!
Essa galera toda antes de vender esses milhões de discos também suou muito a camisa, correu muito atrás e um dia olhou para o seu trabalho todo humilde e sonhou com um dia chegar a vender milhões!! E vendeu.

Quem sabe não será você o primeiro brasileiro a entrar pra esta lista como o Álbum mais vendido da História, heim? rs.

Acredite em você e não desista nunca!

Música e Paz pra todos!!

Fonte inspiradora do texto: http://www.caixadojunior.com

segunda-feira, 9 de abril de 2012

BH - Berço e cemitério de músicos autorais.


Quando se fala em fazer show na cidade de Bh, a primeira coisa que se tem a saber é: Você é Cover ou Autoral?
Na verdade, esta, é a primeira pergunta da maioria dos empresários da noite em nossa metrópole. Uma dificuldade vista a olhos nus de tão evidente.
Um grupo de artistas super competentes com trabalhos autorais de altíssima qualidade e, a maioria, sendo aceitos com mais facilidade em outras cidades do que no próprio berço.
Claro que salva algumas exceções de grandes talentos lançados em Minas como Skank e Jota Quest. Mas e o resto? Tem também alguns sobreviventes que conseguem um certo prestígio musical em nosso Estado e quando chegam lá fora são completamente ignorados. Vai entender como essas coisas funcionam...

Pois bem, como nosso assunto de hoje são os músicos autorais X mercado da música, fica aí a minha tentativa desenfreada em compreender "O que acontece" afinal?

"Nunca tivemos nenhuma porta aberta em BH e, na minha visão, Belo Horizonte é o berço e cemitério de boa música autoral." diz Reinaldo da banda Betinense de Rock Progressivo SubRosa. 
E continua: "BH cria, mas não absorve. Veja só quanta banda autoral boa tem por aí e quase todos os integrantes dessas bandas, se quiserem viver da música, acabam criando bandas cover para tirar um troquinho."

Infelizmente, há algo muito errado com os nossos empresários. Seria o medo do novo? O medo de não faturar tanto quanto gostaria apostando naquilo que nem todo mundo conhece?

"É preciso lembrar que são empresários e querem dinheiro. Como em tudo e em qualquer situação, o desconhecido causa um certo receio e espanto. Com certeza o empresário prefere apostar em algo que já está dando muito certo do que em um músico que chega apresentando um trabalho que ele não conhece." afirma André Jaued, percussionista há mais de 10 anos e criador do site Mundo Percussivo.

Mas será minha gente, que isso é um caso sem solução? Será que todos os músicos autorais sentem essa diferença na pele?

"Particularmente acho que nossa vida (autoral) é mais sofrida mas, mais prazerosa no final." comenta Charles Galvani, baixista da banda autoral [Paz-Me]. "Quando alguém te pára depois de um show e pergunta como faz para comprar o seu cd com músicas autorais... não tem preço!"

É fato que alguma coisa tem de ser feita para que os músicos autorais ganhem terreno em nossas Casas, nossos bares! 
O músico autoral jamais tem de se diminuir ou desistir por não conseguir o espaço que desejaria e os empresários, produtores e contratantes, têm de abrir esse espaço!
Pois coisa ridícula (e que já vi muito) é músico sair de Minas Gerais, bombar em outros Estados e após a fama ser aceito como alguém que explodiu sim, mas lá fora! Somente lá fora ele foi devidamente reconhecido pelo seu talento.

"O empresário entende o básico sobre música? Será que esse problema de não aceitação de músicas autorais não seria um problema cultural? Será que as pessoas não estão aptas a inovação e acomodaram-se naquilo que já existe?" completa Jaued.

Bem, eu, como produtora na área da música, penso que os olhos do nosso mercado, assim como os ouvidos, deveriam se abrir mais. O interesse dos empresários em focar somente na grana, proporciona uma decadência musical em nosso meio que é de apavorar! A repetição, a mesmice... mesmo som, mesmas músicas, mesmo tudo!
Em uma cidade onde a música nasce em cada esquina, onde cada novo acorde é criado no meio de uma conversa de bar, deveria ter a mente musical mais aberta para receber essas dádivas que somente o NOVO pode proporcionar.

O círculo da mesmice tem de ter um ponto final.
Que as portas dos nossos palcos possam ser abertas para os músicos autorais que vivem e nasceram em nossa Minas Gerais e que esperam pelo reconhecido da gente de sua terra.

Fica aí o meu apelo, acreditando que um dia, todo o músico que realmente fizer um som próprio e for talentoso, terá o seu espaço em nosso mercado.


Agradeço de coração, os colaboradores desse artigo:

André Jaued
Reinaldo SubRosa

Charles Galvani






segunda-feira, 2 de abril de 2012