domingo, 18 de julho de 2010

BANDA SUB ROSA: Rock Progressivo no seio de Betim!

 "Apesar de haver muitas bandas usando o Prog para falar de guerreiros com espadas reluzentes, fadas, duendes drogados e outras historinhas fantasiosas, principalmente no Brasil, este estilo nasceu com pessoas que tinham algo sério a dizer. "

Maravilhosa oportunidade de compartilhar com os leitores deste blog de mais uma entrevista dando abertura para nossos músicos de Minas!

E dessa vez, conversamos com o Reinaldo, fundador da Banda de Rock Progressivo Sub Rosa.
Banda esta, composta por Bárbara (bateria e percussão), Reinaldo (baixo e voz), Al (sintetizadores e voz), Thiago (guitarras),  Glaydston e Márcia (vocais) e, em algumas ocasiões, Daniel Laranjeira (violinista).

Saibam um pouco mais da história dessa banda que tem despertado admiradores por onde quer que passem:

A Sub Rosa foi criada pelo músico Reinaldo, ao lado de Vinícius Mendes (guitarrista).
Segundo Reinaldo, o nome da banda surgiu de forma bem interessante:

"Estávamos conversando sobre a banda, na sede do coral para o qual eu trabalhava. A Rosa, que trabalhava comigo, perguntou o nome da banda e nós não o tínhamos. Prometemos a ela que iríamos pesquisar e fomos a uma LAN House próxima, enviar um ofício. No caminho, sugeri o nome Ego Eris (extraído do encantamento latino “Tu Fui, Ego Eris” – algo do tipo: Fui como você, você será como eu). Na LAN House, começamos a pesquisar sobre esta expressão e, em uma lista de expressões latinas, lá estava SUB ROSA. Ambos conhecíamos a expressão e seu significado, mas a princípio ela chamou a atenção por causa da Rosa, a senhora que trabalhava comigo. Sugeri, por brincadeira, colocar o nome SUB ROSA em homenagem a ela. Acabou que o nome soou muito mais legal do que EGO ERIS e tem muito mais sentido dentro da nossa proposta."


Mas o que o nome Sub Rosa teria a ver com a banda em si?

SUB ROSA é uma expressão latina que remete ao sigilo. A Rosa é um dos símbolos do silêncio.
Uma rosa era colocada no teto de salas de reunião de determinados grupos e sociedades secretas, para lembrar que o que fosse dito DEBAIXO DA ROSA não poderia ser repetido do lado de fora. Isso, por si só, já torna o nome perfeito para a proposta da banda.


BLOG: Quando começou a Sub Rosa?
SUB ROSA: Transformando a história da banda em uma peça musical, teríamos duas Overtures e um Interlúdio. Em 2006, quando Vinícius e eu criamos a banda. Esse período durou até 2007, quando conseguimos firmar uma formação bacana, após um tempo atrás de baterista. Em 2007, gravamos uma demo com três músicas. Quando entramos em estúdio para gravar o CD, a formação se desfez e apenas eu fiquei na banda. Veio, então, um interlúdio onde eu sozinho fui a Sub Rosa. Neste tempo, muitos músicos vieram e se foram enquanto eu produzia o disco sozinho. Então veio o Glaydston, logo depois a Márcia e o Álvaro. O Igor e depois a Bárbara. Nós fomos a Sub Rosa por um dia, então o Igor não pôde mais ficar. Lançamos o disco sem guitarrista na banda. Então, vieram o Thiago Barrez e o Vagner e a Sub Rosa tornou-se uma banda de verdade. Isso foi em Dezembro de 2009. Foi quando a Sub Rosa passou a existir oficialmente. Digo, então, que a Sub Rosa teve seu início em Dezembro de 2009.

"Considero o Rock Progressivo a evolução maior do Rock. Ele vai do Rock n’Roll nu e cru, ao Blues mais rasgado, com todos os elementos de todas as manifestações do Rock."

BLOG: Qual a vivência do Rock Progressivo para o grupo?
SUB ROSA: Considero o Rock Progressivo a evolução maior do Rock. Ele vai do Rock n’Roll nu e cru (que eu amo), ao Blues mais rasgado, com todos os elementos de todas as manifestações do Rock. É muito livre, na verdade. Na parte sonora, o Prog aceita desde os escaleiros e virtuosos masturbadores de instrumento até o pessoal que trabalha melodias mais acessíveis e harmonias mais simples e gostosas de ouvir, sem preconceitos. Isso é ótimo! Mas, o principal para mim é a maturidade temática. Apesar de haver muitas bandas usando o Prog para falar de guerreiros com espadas reluzentes, fadas, duendes drogados e outras historinhas fantasiosas, principalmente no Brasil, este estilo nasceu com pessoas que tinham algo sério a dizer. O Rock Progressivo, usando as palavras de McCartney, é uma Arte Com Função. Nada de temas vazios apenas para completar a parte estética da música. O Progressivo, desde o berço, é o estilo perfeito para casar com letras voltadas à filosofia, psicologia, etc, etc e etc... e foi graças a discos como Amused to Death, White Album, Revolver, Dark Side of the Moon, Animals, Genesis, Misplaced Childhood, Fugazi, Brave, The Wall, The Piper at the Gates of Dawn e A Saucerful of Secrets que tive meu interesse por estudar a maioria das coisas que estudei, ler a maioria dos livros que li.

"Por um lado, contribuiu para minha antipatia para com letras do tipo boy meets girl e fantasiosas demais. Por mais bonita que seja a música, se a letra não tem um conteúdo funcional, pra mim é igual uma patricinha esteticamente perfeita, mas vazia por dentro. Quem suporta?"


Os principais inspiradores da banda no ponto de vista de seu criador, Reinaldo, são Roger Waters, John Lennon e Fish, acompanhados de suas respectivas bandas.

BLOG: Na visão de vocês, como está o mercado hoje para o estilo musical “Rock Progressivo”?
SUB ROSA: Maravilhoso. Sempre esteve. Afinal, os Beatles (maior banda de Prog da história) sempre estiveram em alta. Com Roger Waters excursionando de novo com o espetáculo The Wall, que espero que passe pelo Brasil, um novo gás é dado ao estilo. O Prog nunca foi de muita mídia aqui em nosso país, mas os fãs do estilo são ávidos por novas músicas e acompanham tudo o que há de novo, com a mesma paixão com que ouvem as coisas antigas. Confunde-se um pouco Rock Progressivo com Rock Complicado. Mas grandes nomes do Rock Progressivo nem são chamados de Rock, às vezes. 14 Bis, O Terço, Mutantes, Secos e Molhados, por exemplo...


BLOG: Aqui em BH existem locais que recebem bem esse estilo? Fale sobre isso.
SUB ROSA: Se existe, desconheço e gostaria muito de conhecer. Rs... Talvez até possa-se dizer que algumas casas abram as portas para o estilo, mas ainda há aquela mentalidade de só querer artistas cover.

"A sobrevivência de todo artista autoral é muito mais provável do que de artistas cover. Afinal, os covers precisam de ter alguém a quem imitar, né?"

BLOG: A banda Sub Rosa, é uma banda diferenciada e ainda, completamente autoral. Como vocês explicam a sobrevivência do grupo nos dias de hoje em um cenário musical como o nosso mais voltado para o cover?
SUB ROSA: A sobrevivência de todo artista autoral é muito mais provável do que de artistas cover. Afinal, os covers precisam de ter alguém a quem imitar, né? Os autorais criam músicas, desenvolvem estilos, experimentam timbres... E com isso, contribuem para a evolução da arte. São os autorais que lotam grandes estádios, que mobilizam multidões... Desde quando começamos nosso trabalho, nosso foco nunca foi ter 100 pessoas num barzinho, fazendo pedidos dessa ou daquela música. Optamos por esta trilha, que é mais difícil, mais estreita, mais demorada, mas que é o nosso caminho. Em nosso repertório, até existem releituras de músicas que não são de nossa autoria, mas não buscamos copiar o original da música. Damos nossa cara a elas. E servem apenas para aumentar a duração dos shows. Conforme concluirmos as novas músicas autorais, estas músicas de outros autores vão saindo do repertório.

BLOG: O que você acha que falta nos proprietários de estabelecimentos que nem sempre oferecem a devida oportunidade a músicos autorais?
SUB ROSA: Falta visão em alguns e coragem em outros. Visão para aqueles que, como exploradores da arte (no bom sentido), não percebem que os consumidores de cultura de hoje são como os de antigamente. Não mudaram nada. Então, o público prestigia shows de banda cover porque não tem show autoral disponível. Mas público gosta de novidade, gosta de conhecer coisas novas. Isso é fato. BH teve essa tradição no passado, em movimentos magníficos como o mundialmente famoso Clube da Esquina (imerso até o pescoço em influências do rock progressivo britânico). Se o pessoal das casas de show de hoje começar a dar espaço para artistas autorais, rapidinho a tradição falará mais alto e quem sair na frente terá casa cheia primeiro. Se os músicos forem perguntados, creio que a maioria gostaria de estar mostrando suas próprias músicas. Outros proprietários de estabelecimentos sabem muito bem disso que estou falando, mas falta a coragem indispensável aos empreendedores de sucesso.

BLOG: Em 2009/2010 vocês lançaram um cd, o primeiro (certo?) com altíssima qualidade de áudio, capa, um cd profissional (difícil nos dias de hoje). Pergunto, este investimento tão necessário para os músicos autorais, tem dado o retorno esperado?
SUB ROSA: Em primeiro lugar, obrigado pelas palavras! É nosso primeiro disco, sim.
Respondendo: Sim! Até superior ao esperado, na verdade. Nunca imaginei que com apenas sete meses de lançamento do disco a banda teria tamanha resposta por parte do público e tamanha aprovação por parte da crítica especializada.
Fomos contemplados pela Lei Noemi Gontijo de Fomento à Cultura, do município de Betim, para gravar o disco. A responsabilidade, quando se tem a chancela de uma Lei de Incentivo, que custeia sua arte com dinheiro público, é enorme. Tenho certeza de que correspondemos à altura, fazendo um trabalho que coloca Betim no mapa da música mundial. Hoje, tem mais cópias do disco rodando lá fora do que dentro do Brasil. Os e-mails e cartas (sim, cartas!) elogiando o trabalho e/ou buscando informações sobre o conceito são um feedback mais do que satisfatório para nós. Muito nos envaidece termos a chancela de uma Lei de Incentivo. Fomos aprovados entre muitos trabalhos de qualidade e empregamos cada centavo em prol da melhoria do produto cultural (o disco). Digo isso porque vejo o engessamento de leis de incentivo à cultura de várias cidades e estados pelo fato de artistas serem aprovados e empregarem mal o dinheiro público, financiando suas vidas pessoais ao invés de criarem produtos de boa qualidade.

Como a pergunta se trata também de retorno financeiro, vamos a ele. Além dos repasses da Lei de Incentivo, muito dinheiro do nosso próprio bolso foi investido neste disco. Porém, quando optamos em trabalhar no campo autoral, já sabíamos que o retorno financeiro é muito mais lento. Mas é esse tipo de arte que gostamos de fazer e é esse o caminho que escolhemos. Estou surpreso com o quanto a banda tem crescido nestes tão poucos meses e o processo correndo tão rápido, muito mais do que o planejado.

BLOG: Como surgiu a idéia de gravar o cd e de quem foi a montagem da capa? Fale sobre este trabalho.
SUB ROSA: O conceito de The Gigsaw surgiu em 1994, na época do auge do Enigma de Publius, quando tive a idéia de fazer algo que transcendesse a música, mas com simplicidade suficiente para se fazer entender pelo público. Eu, então, pensei: Vou compor canções, com letras, arte gráfica e coisas a mais, visando um público sedento por raciocinar. Quem gosta de desafios de lógica, como eu, tem em The Gigsaw um prato cheio para devorar por muito tempo.

"Enfim, o objetivo era criar um disco com canções simples, que você pudesse ouvir distraidamente, num momento de lazer, ou ouvir com a atenção concentrada, buscando elementos para um conceito maior. Não sei se conseguimos isso, mas tentamos."
SUB ROSA:Toda a arte gráfica é minha também. No encarte, utilizei painéis de um livro das horas, para ajudar a guiar o ouvinte pelo conceito do disco. Além destas imagens principais, há imagens em segundo e terceiro plano, trazendo símbolos e outras imagens pertinentes ao tema.
BLOG: O que significa a música na vida da banda Sub Rosa?
SUB ROSA: Uma abordagem da Arte Maior. Sendo que o Cósmico cria, a Natureza produz e a Arte multiplica. É a nossa forma de fazer a diferença, da forma que acreditamos ser certo, da forma que sabemos e gostamos de fazer.

BLOG: Quais são os projetos da banda para o futuro?
SUB ROSA: Fechar contrato com uma grande produtora; excursionar pelo Brasil com o espetáculo áudio/visual que estamos montando; excursionar pelo mundo com este mesmo espetáculo; lançar um DVD com o material colhido nestas excursões; gravar o nosso próximo cd, 11:11.
Não necessariamente nesta ordem...
BLOG: Espaço aberto pra voces, amigos, para divulgar aqui seus contatos, site, agenda, qualquer informação que você queira acrescentar e que seja de suma importância para a divulgação desse trabalho.
SUB ROSA: Em primeiro lugar, muito obrigado, Chris! E muito sucesso ao seu blog e a todos os seus empreendimentos!
Quem quiser entrar em contato conosco, contratar nossos shows, saber de nossa agenda, adquirir nosso disco, camisetas, etc, pode enviar um e-mail para
 ou telefonar para
(031) 91946271.

BLOG: Ah, e não esqueça, Sub Rosa, de nos contar as novidades!
SUB ROSA: Atualmente, estamos muito empolgados com a montagem de um espetáculo, que é tanto um show de rock progressivo quanto uma peça teatral, onde o conceito de The Gigsaw é explorado em sua totalidade. Isso é tanto uma inovação quanto uma retomada do caminho que o estilo estava tomando no final dos anos 70.

Esperamos atualizar o site (www.subrosa.com.br) em breve, com informações sobre esse espetáculo. Estou verdadeiramente ansioso por começar a rodar com ele.

Não sei dizer toda a agenda, mas convido a todos para uma apresentação bem sui generis, que acontecerá em outubro. Fomos selecionados para o evento Circuito Praça Rock, em Betim. No sorteio dos locais de apresentação, saiu para nós o Circo de Todo Mundo. Circo tem tudo a ver com o conceito de nosso disco. Foi selecionada para tocar conosco a banda Claro Enigma. Apesar de o som desta banda não ter nada a ver com o nosso, o nome tem tudo a ver com nossa proprosta. Então, no dia 21 de novembro de 2010, às 16:00h, no Circo de Todo Mundo, bairro Bandeirinhas, em Betim/MG, faremos esse show que será muito especial para nós.

E nossa entrevista fica por aqui!
Espero de coração, que todos tenham gostado e espero mais ainda a participação da galera nos comentários e tal!
Bom pra nós da Kanto do Músiko e para a banda que saibamos do retorno do público!
Agradeço mais uma vez ao amigo Reinaldo e à Sub Rosa, desejando sucesso e muito rock pelos caminhos que trilharem!

16 comentários:

  1. Massa demais a entrevista!
    É muito bom ver tanto conteúdo e inteligência em nosso rock nacional!
    Viva Sub Rosa!!!
    Muita música!!!

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  2. Valeu pessoal, entrevista inteligente. Vamos ouvir muito da SubRosa... Aldeivo

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  3. Ainda vamos ouvir muito falar dessa banda. Sonzeira e muito conteúdo.
    Jey

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  4. Mais um show de inteligência e competência por parte da banda e do blog!
    Obrigada por existir Sub Rosa!
    O caminho de vocês é refletido com muito sucesso, dudes.
    Continuemos com nosso bom e velho rock pra sempre!
    Amo vocês, né? Precisa nem dizer o quanto vocês são importantes pra mim!
    Bisous,
    Juups!

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  5. Galera curtindo a entrevista, é isso aí!!
    A música em Minas tem de ser valorizada e msm que seja pouco, fazemos aki a nossa parte!!
    Obrigado a todos!!!!

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  6. Cada dia q passa admiro ainda mais o Reinaldo e fiko ainda + fan da Sub Rosa. Ele ta + q certo. Ta passando da hora do rock parar de ser inutil e voltar a ser transformador e revolucionario como era no começo. Naum conheço outra banda com trabalho maduro, bonito e profundo como a Sub Rosa faz. Sou fan ja disse?

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  7. deixe seu comentário aqui e concorra a um cd da banda!!!

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  8. Banda Sensacional!

    Toquei 3 músicas do CD no meu programa Universom na Solid Rock Radio.

    Zé Antonio

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  9. Vocês não fazem idéia do orgulho que eu tenho de ter o Reinaldo como amigo por mais de 10 anos e de fazer o trabalho de divulgação da Sub Rosa. Ver a aceitação do público e da mídia a este trabalho é muito gratificante.
    Jamie

    P.S.: Não estou concorrendo ao disco. Já tenho!!! ririririririri

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  10. Boa banda. Me surpreendi com a sonoridade deles. Muito agradável e com bons timbres!

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  11. Own, Jamie! Quero concorrer a CD, pra dá de presente, e ganhar mais autografos, posso?
    Vou comentar toda hora!
    Yah, amo vocês, amo a Jamie ! rs

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  12. Já está concorrendo ao cd, Judithe!
    Em breve faremos o sorteio, ok?
    Bju imenso e continuem curtindo esta banda sensacional!!

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  13. É MUITO BOM SABER QUE AINDA TEMOS BANDAS NACIONAIS PARA SENTIMOS ORGULHO DE SERMOS BRASILEIRO PARABÊMS SUB ROSA CONTINUE ASSIM, E NÃO CAIA TEIAS DO LADO NEGRO DA MÍDIA, E NÃO VIRE MAIS UM SUB-PRODUTO POP. VALÊU.

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  14. Falta pouco, galera! Para o sorteio do cd!!

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  15. caeridwengaia Nanda,18 de agosto de 2010 às 16:28

    Estou muito orgulhosa e feliz! Sei de cada passo que deu até chegar aqui... Quero um de presente!

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  16. A primeira grande banda do Brasil saída de Betim para o Rock Internacional. Sinto as bençãos de Lennon e Barret caindo sobre eles. Chega de covers. Artistas de verdade e música de verdade já! O melhor cover é sempre escutar meus CDS em casa!

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