terça-feira, 15 de junho de 2010

GRUPO CIRANDEIROS- Entrevista Especial

Nosso trabalho é uma extensão de quem somos.
Daniel Zoto (voz e violão), Maíra Gabrich (voz), Guilherme Ventura (violão e cavaquinho), Rafael Dejero (contrabaixo e surdo), Erick Nicolsky (bateria), Fernando Ferreira (sax, flauta e vocais) e Fabiano Camilo (percussão), compõem o grupo de Santa Luzia, Cirandeiros.

Vamos conhecer um pouco mais o trabalho desse pessoal que vem iluminando os palcos por onde pisam, levando boa música e alegria por toda nossa Minas Gerais!

Quem foi o responsável pela criação do nome e por quê?

O nome veio juntamente com a proposta que norteou a criação da banda no começo e que está sendo posta em prática agora: prestigiar ritmos regionais nos quais as palmas fossem um instrumento, dentre eles a ciranda.
Estilo musical.
É difícil definir um estilo apenas. A gente gosta de tocar samba, ciranda, baião, ijexá. Enfim, música gostosa de ouvir.
Conte um pouco da trajetória do grupo até os dias atuais.

A banda surgiu em 2003 quando Guilherme e eu (Daniel Zoto) deixamos uma banda de pop rock para nos dedicarmos a ritmos tipicamente brasileiros que tivessem o pandeiro como elemento central. De lá pra cá, dezesseis músicos já passaram pelo projeto em seus três anos de existência. Fomos vencedores da primeira edição do projeto Vozes do Morro (junto com outras nove bandas), tocamos na Saideira do Comida di Buteco, participamos do projeto Festa da Música em 2008, 2009 e 2010, do Projeto Sons e Tons em 2009 e do 5º Encontro Minas na MPB, quando nos apresentamos no Palácio das Artes junto com músicos consagrados como Pereira da Viola, Rubinho do Vale e Tadeu Franco.  Aos poucos temos conseguido oportunidades para mostrar nosso trabalho, que tem sido sempre elogiado por onde passamos.

O que a música representa na vida de vocês?

Trabalho, no mais amplo sentido da palavra: se doar, se esforçar e se realizar. Nosso trabalho é uma extensão de quem somos.


As pessoas tem muita resistência a qualquer tipo de novidade. Elas preferem ver a banda “X” tocar na quinta numa casa, na sexta em outra e no sábado em outra do que se permitir surpreender pelo novo.


Sabemos que o mercado musical mineiro possui portas difíceis de serem abertas, principalmente para aqueles que estão começando uma carreira. Vocês passaram por isso ou passam até hoje? Comente a respeito dessa visão da banda com relação ao mercado da música em BH.

As pessoas tem muita resistência a qualquer tipo de novidade. Elas preferem ver a banda “X” tocar na quinta numa casa, na sexta em outra e no sábado em outra do que se permitir surpreender pelo novo. As casas tem a mesma tendência, repetindo fórmulas bem sucedidas porém desgastadas.
E quanto ao Cd de vocês? Fale sobre ele pra gente.
Nosso CD Demo se chama “Bucadim de Samba”. Foi gravado em Maio de 2009 com a ajuda de diversos comerciantes aqui de Santa Luzia, que financiaram a gravação e ficaram com parte dos CD´s quando eles ficaram prontos. Foi uma forma de viabilizar a produção do disco, bem como sua distribuição na cidade. O CD tem 7 faixas autorais, dentre elas, a musica “Ué!?” que nos classificou no projeto Vozes do Morro. Creio que conseguimos otimizar os recursos de que dispúnhamos e fizemos um ótimo trabalho. Após um ano de banda, ele traz a marca de um momento muito especial que vivemos e é muito interessante ver como de lá pra cá o trabalho amadureceu.

Qual tem sido o resultado da divulgação desse trabalho?
Tem sido melhor do que o esperado. A tiragem inicial esgotou e estamos chegando ao fim da segunda tiragem de 1000 CDs. Embora nunca tivéssemos ido a procura de rádios, nossa música tem sido executada em algumas delas, na Rádio Inconfidência em BHte e na Rádio Educativa do Paraná, em Curitiba.

Qual a maior dificuldade que vcs tem encontrado junto ao grupo?
Somos uma banda muito numerosa. Hoje somos 7 integrantes. Não é nada fácil encontrar lugar que comporte uma banda deste tamanho.

Fale sobre seus projetos, planos, desejos do grupo.
Temos um projeto esse ano na Lei de Incentivo para a gravação e circulação de um novo CD com músicas próprias e de um CD em homenagem a Geraldo Pereira. Nosso desejo, a curto prazo, é encontrarmos bons lugares para tocar em BHte e na região metropolitana.
Muitas bandas tem colorido as casas noturnas, bares e a concorrência fica cada dia mais forte. Qual o diferencial do Cirandeiros para contornar esta situação?
Creio que o diferencial da banda seja a qualidade dos músicos e a dedicação destes ao trabalho. Investimos muito nos arranjos, na escolha do repertório, lapidamos o trabalho como um todo. Existe muita coisa boa na noite mas o que existe mais ainda são bandas feijão com arroz que reproduzem mecanicamente as mesmas músicas show após show. Não creio que esse seja o propósito de um verdadeiro artista. Um artista trabalha sobretudo com criação.



E quem quiser ficar por dentro da agenda dos Cirandeiros ou entrar em contato com o grupo, basta acessar:
www.cirandeiros.com .


O Blog agradece aos Cirandeiros, desejando muito sucesso a todos!!
E prestigiem os músicos mineiros!!

Um comentário:

  1. Feliz com a matéria, Cirandeiros!!
    Desejo todo o sucesso possivel de se alcançar a vcs!!
    Parabéns pelo trabalho!!

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